terça-feira, 23 de agosto de 2011

A estrada da discórdia - Brasil/Bolívia

BNDES FINANCIA FAVORES UTILIZANDO AS  RESERVAS DO "FAT".
 O financiamento do BNDES não deveria ter sido aprovado antes de um consenso entre governo e índios. “Teremos problemas, qualquer que seja a posição que tomemos”, disse ao Valor uma fonte do governo familiarizada com o tema. “Se o BNDES não liberar o financiamento, a relação entre Evo Morales e o Brasil vai estremecer. Se liberar do jeito que está, o Brasil será lembrado como um espoliador por décadas. É a crônica de um problema anunciado.” Teme-se ainda que seja criada, com a rodovia, uma nova rota para o tráfico de cocaína, cujo principal destino seria o Brasil. Segundo o BNDES, ainda não foi feita nenhuma liberação de recursos para a rodovia, que liga as cidades de San Ignacio de Moxos (Beni) e Villa Tunari (Cochabamba).
Diferentes fontes do governo brasileiro estimam que um eventual desvio na estrada acrescentaria de US$ 60 milhões a US$ 250 milhões ao valor total da obra, exigindo, inclusive, mais dinheiro do BNDES. Mas, para ser viável, a estrada precisa atravessar a reserva.                                                                    Índios bolivianos fazem protestos contra rodovia financiada pelo Brasil
Em La Paz (Bolívia), grupos indígenas bolivianos e organizações de moradores das cidadesde El Alto e Potosí iniciaram nesta segunda-feira diversas passeatas de protesto para pressionar o Governo do presidente Evo Morales contra a construção de uma estrada financiada pelo Brasil
O maior conflito foi iniciado por 500 índios do ocidente e do oriente que começaram uma passeata na cidade amazônica de Trinidad, que percorrerá durante um mês 500 quilômetros rumo a La Paz, para exigir que Morales detenha a construção da estrada que atravessará o território de uma reserva natural.No entanto, o governante está decidido a levar adiante as obras da estrada que atravessará o Parque Nacional e Territorio Indígena Isiboro-Secure (Tipnis) porque a considera fundamental para a integração do país, ao unir as regiões de Cochabamba (centro) e Beni (nordeste).                                                                                 
A construção da rodovia é fruto de um acordo entre o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, em seu segundo mantato, e Evo Morales.
Em 2009, o projeto foi alvo de uma investigação da Controladoria-Geral da Bolívia por suspeita de superfaturamento e favorecimento.                                                                                                            
A OAS foi a única empresa a participar da licitação da obra, realizada em 2008.
Recentemente, o governo boliviano anunciou que existe petróleo e gás na região de Tipnis.


Fontes: http://www.riosvivos.org.br/Noticia/BNDES+++Indios+declaram+guerra+a++es
http://portalaquibrasil.com