sábado, 31 de março de 2012

General Mourão Filho morreu em 1972, sem conhecer o Lula...

 PARA NÃO PETISTAS E PARA PETISTAS TAMBÉM. VOCÊS NÃO ACREDITAM EM PREMONIÇÃO. LEIAM ESTE E-MAIL E ACREDITARÃO. AGRADEÇO A ATENÇÃO. VOTE BEM, NÃO VOTE NOS CANDIDATOS CORRUPTOS.
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---------- Mensagem encaminhada ----------
Assunto: FW:Seg 26/03/12 12:20

Depoimentos de Magalhães, Adhemar, Lacerda e Juscelino sôbre a vitória da Revolução

 Leia, repasse e guarde o anexo é um Doc Histórico....

A Verdade que tentam esconder...


Tudo sôbre a VITÓRIA
DA CONTRA REVOLUÇÃO DE 1964.

Leia e repasse, principalmente,
aos jovens para que conheçam a verdade dos fatos.
Para que possam entender que as Forças Armadas foram obrigadas a intervir como último e único recurso a impedir a implantação 
no Brasil de uma Ditadura Comunista,
como a Cubana  e tantas outras.

Hoje negam como negam a existência de corrupção.
Suas armas ser SURDO, MUDO E CEGO.
Quem abrir a boca é justiçado como aconteceu ao Prefeito Daniel, e a tantos outros... 

MAGALHÃES
O Governador Magalhães Pinto, de Minas Gerais, liderou o grande movimento político-militar em defesa do regime democrático. Sem perder a serenidade um só momento, o dirigente udenista manteve o clima emocional, a união de Minas e a decisão de conquistar a vitória. Quando ela foi conquistada, declarou com exclusividade para “O Cruzeiro”:
O movimento restaurador da legalidade, que Minas tomou a iniciativa e a responsabilidade de desencadear, com o apoio de todos os brasileiros, em breve estará concluído com a formação de um Govêrno em condições de promover a paz, o desenvolvimento nacional e a justiça social. Belo Horizonte, 2 de abril de 1964.

ADHEMAR
O Governador Adhemar de Barros em entrevista exclusiva cedida a O Cruzeiro – a primeira desde a eclosão do movimento armado contra o govêrno do Sr. João Goulart –, disse que dará combate sem trégua aos comunistas, caçando-os onde estiverem, em qualquer ponto do território nacional. Visìvelmente eufórico, apesar do cansaço de muitas horas sem dormir, o Sr. Adhemar de Barros começou dizendo que o movimento revolucionário por êle comandado em São Paulo começou na noite de 31 de março de março, para valer.
– Quando vocês todos estavam dormindo, sonhando com a liberdade, nós já mandávamos os primeiros comunistas para a Casa de Detenção.
E frisou:
– Mas à velha Casa de Detenção, pois não têm mais direito nem à cadeia nova.
A Polícia de São Paulo – continuou – agiu com absoluta segurança, colaborando com o General Amaury Kruel, que desde o início estava integrado no nosso esquema de libertação nacional. Naquela altura, eu e mais seis governadores de Estado (Minas, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Guanabara, Mato Grosso e Paraná) já tínhamos pronto o decreto de beligerância que iria instaurar o primeiro govêrno brasileiro. Eu próprio redigi o manifesto que ainda se encontra em meu poder. Queria com isso comunicar ao Mundo que no Brasil ainda havia líderes realmente democratas que não toleram o jôgo vermelho.
O Brasil retornará agora à sua política internacional de apoio incondicional ao Ocidente. À sua política de livre iniciativa. Abandonamos o tripé instalado pelo Goulart. Tripé apoiado em órgãos espúrios como CGT, UNE, PAC, PUA e outros. No govêrno dele mandavam os pelegos, os estudantes vermelhos, os camponeses doutrinados e os escravos de Moscou.
Agora, caçaremos os comunistas por todos os lados do País. Mandaremos mais de 2 000 agentes comunistas – numa verdadeira Arca de Noé – para uma viagem de turismo à Rússia. Mas uma viagem que não terá volta. Que falem em democracia, agora, na Rússia.
Não deporemos armas enquanto não expulsarmos tôda a canalha vermelha. Caçaremos os mandatos de todos os parlamentares, governadores e prefeitos comunistas. Não mais permitiremos a infiltração no nosso meio, pois não podemos nos reerguer enquanto tivermos comunistas em nossos alicerces. Não aceito acôrdo de espécie alguma com comunistas.
Êles jamais quiseram reforma de base. O que êles queriam era fazer delas escudo para a reforma da Constituição. Mas nós não o permitimos. Agora terminou tudo. O Presidente Mazzilli vai revogar todos os decretos espúrios (SUPRA, aluguéis, encampações etc.). A SUPRA é uma entidade comunista.
Nós começamos em 60 muito mal (refere-se a Jânio) mas, graças à Virgem Maria, dois jotas nós já conseguimos derrotar. Agora só falta o terceiro (JK), que sempre foi o principal conselheiro de Jango. Quando êste procurava o caminho democrático, êle colocava lenha na fogueira. Os três jotas estavam unidos para derrotar a Democracia.
Voltamos ao poder para pacificar. Não quero nada. Apenas a democracia autêntica, sem receber ordens de Moscou.
Vamos começar imediatamente o expurgo dos comunistas. Darcy Ribeiro, Jurema, Valdir Pires, Ryff, Pinheiro Neto, Eloy Dutra e outros canalhas.
Finalizando disse: Goulart bolchevizou a família brasileira. Mandou mais de 11 mil estudantes paulistas fazerem cursos comunistas na Rússia. Agora, vou mandar os comunistas falar em liberdade em Moscou.

LACERDA
Antes, durante e depois da crise, o Governador Lacerda estêve no centro dos acontecimentos. E, como é de seu feitio, pronunciou-se diversas vêzes com a maior veemência. Na tarde do dia 1º de abril, anunciando ao povo a vitória das fôrças comandadas pelo General Olímpio Mourão Filho, o Governador da Guanabara fêz declarações através do rádio, declarações que constituem verdadeira súmula do que êle dissera até então.
Depois de se dirigir às donas de casa, pedindo-lhes que se mantivessem calmas, o Governador passou a analisar o Sr. João Goulart, seu Govêrno e as causas que determinaram a necessidade do seu afastamento. De herdeiro de alguns hectares de terra, transformou-se, em poucos anos, em proprietário de mais de 550 mil hectares – uma área igual a quatro vêzes e meia o território da Guanabara.
E prosseguiu: Associado do Sr. Wilson Fadul (que por isso foi ser Ministro da Saúde, e não porque seja um cientista), em quatro anos, com dinheiro do Banco do Brasil, e com dinheiro cuja origem não explica, o Sr. João Goulart transformou-se num dos homens mais ricos dêste País, com três bois por hectare em suas fazendas.
O Sr. João Goulart é um leviano que nunca estudou – e não estudou porque não quis, não é porque não pôde. E agora, no Govêrno do País, queria levar-nos ao comunismo.
Explicando que discordara da investidura do Sr. João Goulart na Presidência da República, mas terminara aceitando-a, disse o Governador Lacerda: Eu o conhecia bem. Mas, como bom democrata, submeti-me à vontade da maioria, quando entrou em vigor a fórmula do Parlamentarismo. Mas o Sr. João Goulart não queria governar. Adulava, de dia, os trabalhadores que condenava ao desemprêgo, de noite. O Sr. João Goulart jurou fidelidade ao Parlamentarismo, para logo em seguida impor o plebiscito, e todo o povo votou. Eu não votei porque achava que o plebiscito era uma palhaçada, e repito que era.
Quem quiser fazer reformas deve ter a honestidade de dizer que as fará sem reformar a Constituição. Há necessidades de se fazer reformas, e eu acho que se pode fazer isso sem se mexer na Constituição. Mas o Sr. João Goulart não queria isso. Montou um dispositivo sindical nos moldes fascistas, com dinheiro do Ministério do Trabalho, dinheiro roubado do impôsto sindical, roubado do salário dos trabalhadores, para pagar as manifestações de banderinhas e as farras dos homens do Ministério do Trabalho.
Ao mesmo tempo, começou a criar dificuldades para a Imprensa, para os jornais, para o rádio e a televisão, iniciando um processo de escravização dos homens livres que fazem a imprensa do nosso País. Depois de criar as dificuldades, o Sr. João Goulart oferecia-se para resolvê-las, enquanto dava curso ao processo de entreguismo do Brasil à Rússia. O Sr. João Goulart foi o maior entreguista que já teve êste país.
Continuando seu discurso, acusou o ex-Presidente Goulart de iniciar o solapamento da autoridade militar, entregando os comandos militares a gente sem prestígio nas Fôrças Armadas. O desprestígio – disse Lacerda – atingiu a todos os setores do Govêrno, os Ministérios Civis e a própria Casa Civil da Presidência, onde estava Darcy Ribeiro, um instrutor de tupi-guarani, que acabou reitor da Universidade de Brasília sem jamais ter sido professor.
Dizendo que os brasileiros honrados que votaram em João Goulart não tinham dado seu voto ao comunismo (portanto Jango enganou o povo), Lacerda fêz referências elogiosas aos Generais Castelo Branco e Mourão Filho, atacando em seguida o Almirante Aragão (sem condições para ser almirante), e aludindo ao Cabo José Anselmo: A Marinha é tão ruim que um cabo pode ser estudante de Direito. Em nenhuma Marinha do Mundo, nem nos Estados Unidos, nem na Rússia – um cabo tem tempo para estudar Direito. E o Sr. João Goulart acobertou, patrocinou, estimulou tôda essa gente, jogando marinheiro contra soldado, farda contra farda, classe contra classe, brasileiro contra brasileiro.
Assim, não era possível que Marinha, Aeronáutica e Exército suportassem mais tamanha impostura e tamanha carga de traição. E concluiu: Deus é bom. Deus teve pena do povo.

JUSCELINO
Dizendo que a legalidade é anticomunista mas não é antipopular, o ex-Presidente Juscelino Kubitschek, candidato do PSD ao Palácio do Planalto em 1965, afirmou em entrevista exclusiva a “O Cruzeiro” que a hora é de grandeza democrática, e que o Brasil precisa de reformas contra os privilégios e contra os extremismos. A palavra do líder que estêve, também, no centro dos últimos acontecimentos é decisiva para o desarmamento dos espíritos, agora que o País volta à paz e ao trabalho.
É com o pensamento voltado para Deus, grato à sua proteção ao Brasil e ao seu povo, que saúdo a nossa gente pela restauração da paz, com legalidade, com disciplina e com a hierarquia restauradas nas Fôrças Armadas.
No auge da crise, quando era próxima a possibilidade de derramamento do generoso sangue brasileiro, o apêlo à paz, com legalidade, disciplina e hierarquia, tinha de ser ouvido. E foi ouvido. A paz está mantida. A legalidade engrandecida. A disciplina e a hierarquia rejuvenescidas.
Mas do que nunca o Brasil precisa de paz: nos espíritos e nos corações. A mente clara, para pensar sem ódios e sem rancores. A convalescença terá de ser curta, sem radicalizações e sem ressentimento. Não manteremos a paz da Democracia representativa com sentimentos de vingança e rancores condenáveis.
A hora é de grandeza democrática. De grandeza da própria Democracia. De volta à rota do progresso pela criação da riqueza e da multiplicação das oportunidades de viver melhor. Sem progresso não haverá liberdade para alcançar a justa distribuição da riqueza. Continuaremos a socializar o escasso.
A paz não exclui, todavia, a vigilância democrática. O perigo comunista não estava, como se viu, no comportamento do povo e dos trabalhadores, ordeiros e democratas. O perigo comunista estava na infiltração em comandos administrativos.
A vigilância democrática não significa, porém, a oficialização em qualquer ponto do território nacional do liberticídio, do desrespeito às liberdades individuais e associativas. E muito menos daquelas liberdades que mais de perto se relacionam com as aspirações populares e com os direitos associativos, com os sindicatos libertados de influências políticas de cúpula.
A legalidade é anticomunista, mas não é antipopular. A legalidade democrática deverá estar aberta, em todos os seus canais de comunicação, ao livre curso dos debates.
A legalidade democrática abre também a possibilidade de recolocar o problema das reformas de base. As reformas realmente democráticas, dentro da ordem social e econômica. Reformas que elevem o padrão de vida do povo, nos campos e nas cidades, significando socialização da riqueza, com a preservação integral do princípio da propriedade privada, que cumpre estender e generalizar, dando prioridade aos que nada possuem.
Não temos dúvida em afirmar que a Democracia só será consolidada e enriquecida com a conquista permanente da devoção popular.
A legalidade democrática nos conduzirá às eleições. Será a continuidade do regime, já restaurado com a posse, pelo Congresso, do meu eminente companheiro de partido, o Presidente Ranieri Mazzilli. O ritual democrático está firme. É preciso, agora, que os fins que êle simboliza sejam realizados pela ação dos brasileiros lúcidos e tolerantes.
O Brasil das reformas é o Brasil democrático, contra privilégios e contra extremismos. É o Brasil sem frustrações. Esperançoso, rico e mais justo.

Os 40 do Forte Tomada do Forte de Copacabana foi decisiva para a vitória da revolução


 Leia, repasse e guarde o anexo é um Doc Histórico....

A Verdade que tentam esconder...


Tudo sôbre a VITÓRIA
DA CONTRA REVOLUÇÃO DE 1964.

Leia e repasse, principalmente,
aos jovens para que conheçam a verdade dos fatos.
Para que possam entender que as Forças Armadas foram obrigadas a intervir como último e único recurso a impedir a implantação 
no Brasil de uma Ditadura Comunista,
como a Cubana  e tantas outras.

Hoje negam como negam a existência de corrupção.
Suas armas ser SURDO, MUDO E CEGO.
Quem abrir a boca é justiçado como aconteceu ao Prefeito Daniel, e a tantos outros... 
O Cruzeiro - 10 de abril de 1964 - Edição extra 


Foto de Elias Nasser
Copacabana, Pôsto 6. A data é 1º de abril, mas, desta vez, o dia não é de brincadeiras. Assim, quando um grupo de carros particulares parou defronte à entrada do Forte de Copacabana e dêles saltaram quarenta oficiais armados, todo mundo viu logo que era pra valer. Principalmente o repórter de O Cruzeiro, que se encontrava numa janela do 3º andar do edifício onde funciona a TV Rio. Eram 12 horas e 30 minutos.
Vinte oficiais da Escola do Estado-Maior do Exército e vinte da Escola Superior de Guerra, chefiados pelo Coronel César Montanha de Sousa, tomaram pouco depois do meio-dia de 1º de abril, o Forte de Copacabana. A dramática operação foi considerada decisiva para a vitória das fôrças que se opunham ao Presidente Goulart. Chegando ao forte num grupo de carros particulares, os oficiais invadiram, atirando, o QG. Um oficial foi atingido na barriga. Imediatamente, uma ambulância do Hospital Miguel Couto, que acompanhara os carros, levou o ferido. Os outros se encaminharam para o portão do Forte, gritando: Não atirem. São dos nossos! O portão se abriu, houve apertos de mão e continências. Estava configurada a posição revolucionária do Forte de Copacabana.

São Paulo em guerra pela liberdade

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A Verdade que tentam esconder...


Tudo sôbre a VITÓRIA
DA CONTRA REVOLUÇÃO DE 1964.

Leia e repasse, principalmente,
aos jovens para que conheçam a verdade dos fatos.
Para que possam entender que as Forças Armadas foram obrigadas a intervir como último e único recurso a impedir a implantação 
no Brasil de uma Ditadura Comunista,
como a Cubana  e tantas outras.

Hoje negam como negam a existência de corrupção.
Suas armas ser SURDO, MUDO E CEGO.
Quem abrir a boca é justiçado como aconteceu ao Prefeito Daniel, e a tantos outros... 

O Cruzeiro - 10 de abril de 1964 - Edição extra 
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Reportagem do Bureau de O CRUZEIRO em São Paulo
Batalha da CTB acabou sem disparar um tiro
A Companhia Telefônica Brasileira foi ponto de uma pequena guerra particular. Trinta e dois homens estavam lá dentro. Os policiais se dispõem a invadir o prédio. Quando o conseguem, Nelson Gatto, a quem procuravam, tinha desaparecido. Antes, porém, houve isolamento da área, pedidos de jornalistas aos policiais superarmados em favor de Nelson Gatto, que é também jornalista, e tudo acabou sem que um tiro sequer fosse disparado. A CTB foi dominada.
Ruas interditadas protegeram os democratas
O problema dos transportes teve duas faces, durante a crise em São Paulo. De um lado, várias ruas da cidade foram interditadas ao trânsito, principalmente aquelas que davam acesso ou passavam bem próximas a lugares considerados de importância militar, como o Quartel General do II Exército e a Secretaria de Segurança Pública.
De outro lado, porém, meios mais rápidos de transporte foram utilizados para a movimentação das tropas, que tinham de atingir pontos estratégicos com rapidez, a fim de ganhar eficiência na operação de guerra. Tudo foi cumprido dentro de um plano rígido de segurança e de bom rendimento tático.
São Paulo viveu, assim, horas de guerra, ainda que não resultassem os movimentos e as medidas em nenhum choque verdadeiramente sangrento. O que havia de realmente desejado era que o País retornasse aos caminhos da Democracia e da paz. Isto foi conseguido.
Vitória da Democracia foi festa de todo o povo de São Paulo
As horas de angustiante expectativa, quando as notícias mais desencontradas eram ouvidas pelo povo paulista, terminaram em festa, com a notícia muita certa da vitória das fôrças democráticas.
O Governador Adhemar de Barros, que se mantivera sem descanso, sorriu satisfeito: a vitória da Democracia era, de certo modo, um pouco a sua vitória. Êle se pusera, desde o início, na posição de um batalhador irredutível de sua causa e São Paulo marchou coeso com êle, atendendo à sua palavra inflamada e patriótica.
Nas ruas, à hora final, o povo esteve presente, comemorando com papéis picados atirados do alto dos edifícios. De cada janela, pulava um coração paulistano ao mesmo compasso da alegria de todos os corações brasileiros que desejavam o retorno do País à ordem.

S. PAULO HORA A HORA
31 de março – de manhã – São Paulo amanhece sob a repercussão da manifestação dos sargentos e do discurso do Presidente Goulart na Guanabara e a notícia de mobilização em Minas Gerais. No Palácio dos Campos Elísios o clima é de nervosismo. O Governador Adhemar de Barros nega-se a falar à imprensa e mantém reunião secreta com o Deputado Ranieri Mazzilli, presidente da Câmara Federal. De prontidão e com tanques em fila no Ibirapuera, o II Exército não revela seus objetivos.
Muitas notícias continuam a chegar de Minas Gerais. A 4ª Região Militar teria deslocado suas tropas para a fronteira com o Estado do Rio. Anuncia-se manifesto do Governador Magalhães Pinto.
De tarde – Comenta-se no Palácio dos Campos Elísios que o Governador passara a madrugada do dia 31 em Belo Horizonte, com o Sr. Magalhães Pinto.
O Governador de Minas lança manifesto à Nação: o Presidente da República subverteu a disciplina e Minas se levanta para garantir a normalidade constitucional, diz. Correm boatos de que Minas se proclamaria território nacional livre com Constituição própria, inclusive. O Governador Adhemar de Barros afirma que não existe mais o regime federativo no País.
Nas ruas há um evidente nervosismo. As calçadas estão cheias de gente agitada que corre aos bancos, os quais, sem cobertura do Banco do Brasil, vão pagando cheques enquanto têm dinheiro e depois fecham suas portas. Com exceção dos bancos mineiros que fecharam as portas antes e se negaram a pagar. Apurou-se que assim fizeram por recomendação do Governador Magalhães Pinto.
Sabe-se que as tropas do Exército em Minas estão sublevadas. Chegam notícias dos deslocamentos de tropas da Guanabara para enfrentá-las. Teme-se o choque. O Governador paulista continua se recusando a falar. Igualmente o General Kruel, comandante do II Exército.
De noite – Às 19 horas o Governador ainda se recusava a falar, mas às 20,30 horas gravaria um vídeo-tape com uma declaração de apoio ao movimento de Minas. Antes, porém, de divulgado o documento de Adhemar, era Magalhães Pinto quem falava outra vez: Temos certeza da ajuda de São Paulo. Com São Paulo ao lado de Minas, a vitória será rápida.
Depois de incidentes com funcionários federais que queriam impedir a transmissão, a fala do Governador Adhemar de Barros foi, afinal, ao ar, por uma cadeia de rádio (mais tarde também de TV) às 22,30 horas.
Os policiais afirmam que vão invadir o prédio da CTB. Preparam-se, isolam a área, afugentam os curiosos, começam a entrar por uma porta lateral, armadíssimos. A rua está escura por causa do racionamento, a noite é de garoa e há um grande silêncio. Dezenas de jornalistas esperam em silêncio do lado de fora. Os minutos passam e não há tiros. Os repórteres intercedem em favor do colega, fazem apêlo ao Secretário de Segurança, o tempo passa, não há tiros, nem solução.
Pouco antes da meia-noite é divulgada a posição do General Amaury Kruel, comandante do II Exército: apóia o movimento de Minas Gerais, contra o jugo vermelho. Tendo-se o Exército mostrado aliado e não havendo nenhum outro incidente em todo o Estado, o Governador Adhemar de Barros tem agora um só ponto de resistência em seu território: 32 homens fechados dentro do prédio da CTB. As ordens de prisão a qualquer preço são renovadas. A adesão do Exército alivia evidentemente as expressões dos policiais.
Como há elementos do Exército dentro do prédio, a Secretaria de Segurança pede ajuda ao Exército para resolver a questão. Um tenente-coronel não identificado pelos repórteres chega ao prédio logo depois. Entra e não volta mais. Foi preso como refém, dizem os policiais. Um pelotão de soldados do Exército chega logo depois. Os soldados estão muito nervosos.
De madrugada – O tempo passa e a única notícia que se tem é de que o tenente-coronel não voltou mais ao andar térreo (o resto está tomado pelos que resistem). Anuncia-se a censura das estações de rádio, jornais e televisão. Baixada portaria a respeito, pelo Govêrno.
Eram 1,40 horas da madrugada quando a voz do Governador voltou ao ar. Informava que havia seis Estados sublevados para derrubar o Sr. João Goulart, a quem o Governador chama de ex-Presidente. Os Estados sublevados são Minas, São Paulo, Paraná, Goiás, Mato Grosso e Rio Grande do Sul. Anuncia a união do govêrno de São Paulo como II Exército.
Notícias de Santos – mais tarde confirmadas pelo próprio Governador – davam conta, pela madrugada, de que vários líderes sindicais haviam sido presos, o Fórum Sindical de Debates invadido e pôsto fora de ação pela Polícia Estadual.
Enquanto isso, mantinha-se o impasse na Telefônica. As luzes do prédio agora estão tôdas acesas, há boato de que os sitiados fugiram. O tenente-coronel ainda não voltou, ninguém sabe onde estará.
Às 3,30 horas o jornal Última Hora é cercado pela Polícia Estadual e, posteriormente, invadido sem resistência. Sua edição é impedida de circular e o jornal passa a ficar sob controle do Govêrno do Estado. Às 5 horas – quase claro – o tenente-coronel desce e informa: Nelson Gatto e seus homens fugiram. Presumo que fugiram pelo telhado. Não fui prêso por êles. Perdi todo êste tempo procurando-os pelo prédio sem os achar. O que os jornalistas concluíram, porém, é que o choque, que seria violento, foi contornado por conversações e dada a Gatto a oportunidade de evadir-se. A madrugada termina com a Polícia correndo para um prédio próximo, supondo que Gatto para lá tivesse passado e pretendendo ali cercá-lo novamente. Foram vãos seus esforços.
Manhã de 1º de abril – A chuva tantas vêzes anunciada pelo Sr. Adhemar de Barros chegou de duas formas: uma, natural, garoa fininha, bem paulista, molhando o asfalto das ruas; outra – aquela a que se referia o Governador – simbolizada pelos carros de tropas que se movimentavam em tôdas as direções e pelas metralhadoras e fuzis embalados. Foi sob as duas chuvas que o povo saiu às ruas, como todos os dias, para as fábricas, para os escritórios, para as lojas. Nisto São Paulo não se alterou. Apesar da tensão, da expectativa e da apreensão estampadas em todos os rostos, o povo foi trabalhar.
A primeira alteração notada na fisionomia da cidade foi congestionamento maior do tráfego nas imediações de quartéis, saídas para as rodovias, estações ferroviárias e outros pontos estratégicos, todos ocupados por soldados do Exército e da Fôrça Pública. Quarteirões inteiros estavam isolados e, em alguns pontos, armadas barricadas com sacos de areia e arame farpado.
O Palácio dos Campos Elísios estava isolado e protegido por um cinturão de segurança que abarcava quatro quarteirões em tôrno. O movimento de tropas do II Exército, iniciado às primeiras horas da madrugada, continuava. Pela manhã eram embarcados na Estação Roosevelt (Central do Brasil) duas dezenas de carros-tanques com destino ao Vale do Paraíba, já então sob o contrôle do II Exército. Apesar dessa intensa movimentação de tropas, a situação era de calma em todo o Estado. O Palácio dos Campos Elísios distribuiu comunicado do Governador Adhemar de Barros concitando o povo a manter-se em calma e, logo mais, por ordem do govêrno, eram requisitados todos os estoques de combustíveis.
Enquanto isso o QG do II Exército distribuía comunicado dizendo considerar muito boa a evolução dos acontecimentos, particularmente pelo número de adesões de Estados da Federação, com seus govêrnos e tropas militares nêles sediadas.
O Govêrno do Estado e o II Exército dominavam inteiramente a situação. Além do episódio da noite anterior, quando o Gen. Puertas e o Jornalista Nelson Gatto tomaram o prédio da Companhia Telefônica, não se verificou nenhum outro movimento de resistência ostensiva. Em Santos, porém, amanheceu paralisado o pôrto. A COSIPA, as indústrias petroquímicas de Cubatão e a Estrada de Ferro Santos-Jundiaí foram igualmente paralisadas pelo movimento grevista em solidariedade ao Sr. João Goulart. Grandes contingentes do DOPS e da Fôrça Pública ocupavam tôda a Baixada Santista e, por volta das 9 horas, choques da Polícia Marítima invadiram a sede do Sindicato dos Estivadores. Foram efetuadas detenções de vários elementos ligados aos sindicatos. Durante todo o dia seriam detidos mais de duzentos comunistas. Alguns dos mais ativos líderes sindicais desapareceram. A Alfândega e demais repartições federais foram ocupadas pela Polícia.
Ainda na parte da manhã foi aberto o voluntariado. Um no Ginásio do Departamento de Educação Física e Esportes, por um ex-comandante da Revolução de 32, Cel. Homero Silveira, e outro no local onde funcionava o escritório regional da SUPRA. Antes de ser transformado em pôsto para alistamento de voluntários, o escritório da SUPRA foi vistoriado por elementos do DOPS, que ali aprenderam material de propaganda da Reforma Agrária. No fim do dia, só no primeiro pôsto haviam-se apresentado mais de quatro mil voluntários.

A tarde começou com uma proclamação do Governador Adhemar de Barros. Como um só corpo. Como uma só alma, ergue-se a gente paulista, dizia o Governador, em sua oração transmitida pelo rádio, logo depois do meio-dia. O povo paulista, acrescentava, ergue-se mais uma vez na defesa dos ideais democráticos, na salvaguarda do valôres supremos de nossa civilização cristã. E mais adiante: Com o Exército, a Marinha, a Aeronáutica e a Fôrça Pública, com o apoio de tôdas as suas classes sociais, ressurge o São Paulo eterno para a eternidade do Brasil.
As constantes notícias difundidas pela Rêde da Democracia, que transmitia da Secretaria de Segurança Pública, informavam sôbre as adesões recebidas em vários pontos do País pelas fôrças contrárias ao Govêrno do Sr. João Goulart. O noticiário do Rio, ainda confuso, sem determinar exatamente a posição do I Exército, ainda causava alguma apreensão, principalmente o cêrco do Palácio Guanabara por Fuzileiros Navais. À medida que o tempo corria, porém, o otimismo aumentava entre as autoridades e transbordava para as ruas. O General Aldévio, em rápido encontro com a Imprensa, disse que movimento dessa natureza estava previsto nos planos Alvorada, Eclipse e Boreal, referindo-se à crise político-militar. Tais planos foram elaborados por uma equipe de técnicos estrategistas quando o general assumiu, em 63, a Pasta da Segurança. Sua confiança em que as autoridades paulistas e o Exército dominavam inteiramente a situação foi demonstrada pelo fato de serem retirados os carros blindados da Fôrça Pública, que haviam tomado posição em pontos estratégicos da cidade, pois a calma era absoluta. Outro fato que justificava otimismo: a solicitação de conferência feita pelo General Morais Âncora ao General Kruel. Êste já se dirigia a Resende, onde se realizaria o encontro para parlamentação.
Às 17 horas, havia intensa expectativa nas ruas. Logo, um boato lançado pela emissora que encabeçava a Rêde da Democracia, sôbre a renúncia do Sr. João Goulart, provocou uma explosão de contentamento, com a reunião imediata de várias autoridades no Palácio dos Campos Elísios, para festejar o acontecimento. Nas ruas centrais começou a cair uma outra chuva, desta vez de papel picado que caía em grande quantidade dos edifícios dos escritórios. Estudantes da Universidade Mackenzie chegaram a organizar uma passeata que percorreu as ruas do centro.
Essa manifestação quase gerou um incidente de graves conseqüências, quando o grupo de estudantes tentou manifestar o seu apoio ao General Kruel. Apareceram de repente na Rua Conselheiro Crispiniano, onde se localiza o edifício do QG do II Exército. Os soldados que mantinham guarda chegaram a apontar as suas armas, mas logo tudo se esclareceu. E os estudantes continuaram em sua passeata, dando vivas à democracia e à liberdade e aplaudindo os carros blindados da Fôrça Pública que passavam de volta ao quartel.
Nos jardins dos Campos Elísios, tomados pelo povo e por autoridades, o clima era de euforia. O Governador Adhemar de Barros saiu e, logo após, fazia uma proclamação conclamando o povo a não se exceder em manifestações, pois considerava cedo para se festejar a vitória de uma luta que mal começou.
- A erva daninha da infiltração comunista – disse – continua entre nós. Só haverá vitória, realmente, quando vencermos a resistência dos que, da retaguarda, impulsionaram as autoridades federais. E mais adiante: - A vigília não pode terminar. É preciso evitar a guerra civil dos desesperados. Mantenhamos alerta permanente. Agentes de Pequim, Moscou e Cuba não se entregaram ainda, mas nós vamos caçá-los de agora em diante.
A fala do Governador e, mais tarde, o desmentido da renúncia do Presidente, foram como água na fervura. E a noite desceu sôbre São Paulo. Com uma constante e fria garoa.

Os constantes comunicados das autoridades estaduais e do II Exército, dando conta da marcha dos acontecimentos em todo o País, deixavam claro às primeiras horas da noite que o movimento iniciado em Minas Gerais estava vitorioso. A única nota dissonante (e isto não era notificado) era a tomada de posição de Brizola no Rio Grande do Sul.
Antes da meia-noite, o General Kruel voltava a São Paulo, vindo de Resende, onde fôra triunfalmente recebido pelos cadetes de Agulhas Negras. A conferência com o General Morais Âncora não chegara a se realizar, pois o I Exército aderira quase totalmente ao Gen. Kruel.

A madrugada chegou com a notícia da viagem do Presidente Goulart para Pôrto Alegre, onde assumiria a resistência. E a madrugada trouxe mais uma notícia importante: o Sr. Ranieri Mazzilli é o nôvo Presidente do Brasil, por decisão do Congresso Nacional.
E a garoa continuava a cair sôbre a calma da cidade.

Magalhães, o herói da Revolução

 Leia, repasse e guarde o anexo é um Doc Histórico....

A Verdade que tentam esconder...


Tudo sôbre a VITÓRIA
DA CONTRA REVOLUÇÃO DE 1964.

Leia e repasse, principalmente,
aos jovens para que conheçam a verdade dos fatos.
Para que possam entender que as Forças Armadas foram obrigadas a intervir como último e único recurso a impedir a implantação 
no Brasil de uma Ditadura Comunista,
como a Cubana  e tantas outras.

Hoje negam como negam a existência de corrupção.
Suas armas ser SURDO, MUDO E CEGO.
Quem abrir a boca é justiçado como aconteceu ao Prefeito Daniel, e a tantos outros... 

Reportagem de Oswaldo Amorim, Luiz Alfredo e José Nicolau
ARTICULADOR e iniciador do movimento que culminou com o afastamento do Presidente. João Goulart, o Governador Magalhães Pinto foi aclamado em Minas como o grande herói da insurreição vitoriosa e calorosamente festejada em todo o Estado.
Contando com a decidida colaboração das tropas do Exército sediadas em Minas, além dos 18 mil homens da Fôrça Pública do Estado e de total apoio popular, o Governador Magalhães Pinto iniciou a história arrancada pelas liberdades democráticas com um vigoroso manifesto, em que afirmou terem sido inúteis tôdas as advertências contra a radicalização de posições e atitudes e contra a diluição do princípio federativo.
A eficiente articulação empreendida, que garantiu a adesão de elementos decisivos, e a rapidez e ação foram preciosos para a fulminante vitória das fôrças democráticas.
Durante todo o desenrolar da crise, o Sr. Magalhães Pinto permaneceu no Palácio da Liberdade, cercado pelo seu staff e em permanente contato com os Generais Carlos Luís Guedes. Comandante da ID-4 (sediada em Belo Horizonte) e Olímpio Mourão Filho, Comandante da 4.ª Região Militar (Juiz de Fora) e fazendo ligações para outros chefes militares e vários Governadores de Estado. Somente saiu, no dia 1.º, para visitar os quartéis do 12.º RI e da Polícia Militar, o Destacamento de Base Aérea (único núcleo rebelado da FAB) e o Centro de Recrutamento de Voluntários, acompanhados do Cel. José Geraldo de Oliveira, comandante da Polícia Militar, Cel. José Guilherme, chefe do Gabinete Militar (ambos foram peças importantes do movimente que eclodiu em Minas e se alastrou no País) e dos Senadores Milton Campos e Afonso Arinos — nomeados secretários sem Pasta do govêrno mineiro.
A vitória final, vibrantemente festejada pelo povo de Minas, teve no tranqüilo e decidido Governador Magalhães Pinto o seu grande comandante e maior alvo das manifestações populares em todo o País.

MINAS HORA A HORA
Reportagem de Fernando Richard e José Nicolau
Dia 30 de março, 20h30m. O General Carlos Luís Guedes, comandante da IV Infantaria Divisionária, sediada em Belo Horizonte, reúne todo os seus comandados e comunica que se rebelara contra o Presidente João Goulart. Reúne-se, depois, com o General João de Faria e o Coronel Emílio Montenegro Filho, da FAB, além do General José Lopes Bragança, no comando da ID-4. Traçam um esquema.

Dia 31 de março. 3h30m. A reunião continua. O General Bragança é incumbido de fazer a convocação dos civis para a revolução. O Governador Magalhães Pinto, no Palácio da Liberdade, declara que apóia e comanda o movimento.
4 horas. Tem início a mobilização dos civis.
7h30m. O Comandante da Base Aérea de Belo Horizonte, Coronel Afrânio da Silva Aguiar, é chamado ao Palácio da Liberdade pelo Governador Magalhães Pinto. O Chefe do Executivo mineiro expõe ao oficial os seus planos. Fala a respeito dos motivos que o levaram a tomar a decisão. Após conferência de uma hora, a portas fechada, o Coronel Afrânio dirige-se para a Base Aérea: tinha dado total apoio ao Governador.
8h30m. O General Bragança vai ao comando da ID-4 e comunica ao General Guedes o andamento da mobilização de civis. No Palácio da Liberdade, o Governador Magalhães Pinto toma tôdas as providências com o Coronel José Geraldo de Oliveira, comandante da Polícia Militar, para que fôssem guarnecidos os pontos estratégicos do Estado. Tropas da PM se deslocam para as fronteiras.
9h30m. O General Olímpio Mourão Filho, comandante da Quarta Região Militar, sediada em Juiz de Fora, telefona ao General Guedes. Conversam reservadamente. Nessa hora, o movimento revolucionário já é do conhecimento do povo. Uma violenta proclamação do General Guedes é lida em tôdas as rádios da capital mineira e de algumas cidades do Interior. Acusa Jango.
10 horas. O General Guedes comunica-se com o Governador Adhemar de Barros pelo telefone. É a primeira vez, desde a deflagração do movimento, que o General conversa com o Governador paulista. No QG da ID-4, estão sendo montadas as instalações telefônicas que iriam ligar, diretamente, o Palácio da Liberdade, o comando do 12.º Regimento de Infantaria, a Polícia Militar, o Destacamento da Base Aérea, o CPOR e outras unidades militares.
13 horas. No Palácio da Liberdade, o movimento é intenso. O Governador, até o momento, não havia aparecido de público. Chegam o Senador Milton Campos, o ex-Chanceler Afonso Arinos, assessôres do govêrno e o secretário da Fazenda, Deputado José Maria Alkmim. Trazem a notícia de que o Marechal Odilio Dennys se encontrava em Juiz de Fora articulando o movimento com o General Olímpio Mourão Filho. No Departamento de Instrução da Polícia Militar, mais de 500 jovens já se haviam alistado no chamado Exército Civil.
13h30m. O Coronel Emílio Montenegro Filho, da FAB, é mandado a Barbacena, de avião, para entrar em contato com o brigadeiro-comandante da Escola Preparatória de Cadetes do Ar. Em sua companhia, segue o Jornalista Aloísio Cunha, que leva a gravação da proclamação do General Guedes.
14 horas. Os dois enviados chegam a Barbacena. Conversam com o comandante da escola. Um filho do Deputado José Bonifácio prende o juiz de direito de Barbacena. Em Belo Horizonte, o movimento de automóveis aumenta nos postos de gasolina. O combustível fôra requisitado pelo govêrno.
14h30m. Chega a Belo Horizonte o Deputado José Bonifácio, primeiro secretário da Câmara de Deputados. Anuncia a disposição do Congresso de instalar-se na Capital mineira. E diz que todos os deputados por Minas Gerais já haviam sido chamados.
15 horas. Na Assembléia Legislativa, o deputado comunista Gomes Pimenta pede uma comissão para entender-se com as autoridades a fim de ser pôsto em liberdade o Deputado Sinval Bambirra, prêso na madrugada. A comissão foi formada, mas Bambirra não foi sôlto.
16 horas. Aproximam-se de Juiz de Fora as tropas do 11.º Regimento de Infantaria, de São João del Rey, que começara a deslocar-se para aquela cidade aos primeiros minutos da madrugada. O General Guedes retorna ao QG da ID-4 após conferenciar, mais uma vez, com o Governador Magalhães Pinto. Outra reunião contou com a presença dos dois chefes mineiros da revolução e do Coronel José Geraldo de Oliveira, secretários de Estado Oswaldo Pierucetti (Interior), Roberto Resende (Agricultura) e José Maria Alkmim (Fazenda) e o Srs. Milton Campos e Afonso Arinos.
17 horas. A Polícia Militar começa a ocupar a capital mineira. A Companhia Telefônica, o DCT, emprêsas de comunicações e redações de jornais e rádios foram tomadas pela PM.
19 horas. Aumenta o número de adesões de civis ao movimento revolucionário. As inscrições são feitas no Grupo Escolar Pandiá Calógeras. Todos usam no braço direito uma braçadeira verde-amarela com um triângulo no centro. É o símbolo mineiro do levante revolucionário.
19h30m. O General Guedes solicita a cooperação de companhias construtoras para que enviem carrêtas pesadas: transporte de material até Juiz de Fora. Quinze carrêtas são colocadas à disposição do comandante da ID-4.
20 horas. O Governador Magalhães Pinto fêz seu pronunciamento à Nação. Estava formada a Cadeia da Liberdade, que levou a todo o Brasil a palavra do líder mineiro. Governadores de outros Estados, como São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Espírito Santo, Guanabara, Goiás, Mato Grosso e Bahia, apenas esperavam a palavra do governador de Minas, para dar início ao movimento nas áreas de sua responsabilidade.
20 h 30 m. Chega ao comando da ID-4, o Coronel Paulo Hildebrando de Campos Góes, comandante do 4.º Regimento de Obuses, sediado em Pouso Alegre. Procedia do Rio de Janeiro. Após rápido contato com o General Guedes, põe-se à disposição do comandante da ID-4.
21 horas. Engenheiros se apresentam ao comando da ID-4 para as emergências que surgirem com o decorrer da crise militar. São especialistas em restauração de pontes e construções. Médicos dão conhecimento ao comando revolucionário de vários postos em Belo Horizonte.
22 horas. Com exclusividade, a reportagem de O Cruzeiro consegue entrar na Base Aérea de Belo Horizonte e fotografa os praças e oficiais revoltosos. O comandante da guarnição só havia dado conhecimento da revolução aos oficiais. Mais tarde falaria ao resto do contingente. Indagado a qual comando estava subordinado, disse o Coronel Afrânio Aguiar que seu único comandante era o Governador Magalhães Pinto. Os oficiais mantinham-se calmos e aguardavam o desenrolar dos acontecimentos.
22 h 30 m. Pelo telefone, o General Guedes é informado de que o Presidente João Goulart deseja um entendimento com o Governador Magalhães Pinto e os chefes militares de Minas Gerais. Afirma-se que o Sr. João Goulart chegou a propor uma mediação para resolver o impasse surgido entre a administração federal e o govêrno mineiro. O General Guedes se recusa a manter conversação com o Chefe da Nação. Idêntica é a atitude do Governador Magalhães Pinto.
23 horas. Todo o dispositivo revolucionário se encontra em ação. O secretário da Agricultura de Minas, Sr. Roberto Resende, toma as providências necessárias a que não houvesse falta de gêneros nos dias seguintes. Minas poderá resistir cem dias - afirmou. Foi determinado o levantamento de todo o estoque de carne no Estado.
24 horas. As poucas pessoas que se mantinham próximas ao Palácio da Liberdade se mostravam apreensivas com as notícias de que tropas do I Exército estavam marchando contra Minas Gerais. Entretanto, neste momento o Coronel José Guilherme anuncia que o Governador Magalhães Pinto havia recebido um comunicado do General Amaury Kruel, dizendo que estava à frente do II Exército marchando contra o Estado da Guanabara. A alegria foi geral.
Dia 1.º de abril. 1 h 15m. O Comandante da Base Aérea de Belo Horizonte fala, pelo telefone, com o Brigadeiro Francisco Teixeira, comandante da 3.ª Zona Aérea, e comunica a sua condição de rebelado. É imediatamente exonerado, juntamente com o subcomandante, Major Nelson Santiago. Não acata a decisão. Reúne a tropa, dá ciência de sua condição e liberdade de ação para os que não quiserem aderir. Tôda a tropa se mantém com o comandante destituído. O Coronel Afrânio Aguiar, então, toma medidas de segurança.
8 horas. No QG da ID-4, a satisfação é geral. O General Guedes recebe dez pilotos civis que se colocam à disposição para qualquer eventualidade. Várias companhias de aviação põem suas aeronaves a serviço do Governador Magalhães Pinto.
8 h 30 m. Pela primeira vez, desde o início do movimento, o Governador Magalhães Pinto deixa o Palácio da Liberdade. Visita várias unidades rebeladas. Vai ao Centro de Recrutamento, onde é recebido entusiàsticamente. Depois, dirige-se ao Departamento de Instrução da Polícia Militar e ao 12.º Regimento de Infantaria. Por último, visita a Base Aérea de Belo Horizonte.
12 h 30 m. Num contato com os repórteres de O Cruzeiro, o Governador Magalhães Pinto declara que foi diminuído o prazo que se esperava para a vitória final. O prazo inicial era de dez dias.
14 horas. No Palácio da Liberdade, o Governador Magalhães Pinto continua reunido com o seu secretariado. O Secretário do Interior, Oswaldo Pierucetti, articulador civil da revolução, faz vários contatos com São Paulo, Guanabara e outros pontos do País. As notícias continuam a chegar, sempre animadoras. Os chefes revolucionários aumentam a sua euforia. O prazo, de que falou o Governador Magalhães Pinto, encurta ainda mais. Para todos, a coisa mais certa é que as fôrças democráticas consigam dominar o País dentro de mais algumas horas. Os chefes militares conferenciam. De repente, as ligações telefônicas com Brasília são cortadas. Não se fala mais com a Capital do País. Há uma notícia, logo desmentida, que preocupa o chefe do Executivo mineiro: é a de que o Palácio Guanabara está cercado e de que havia sido cometido um atentado contra o Governador Carlos Lacerda.
15 horas. O Governador de Minas Gerais deixa o Palácio da Liberdade para passar em revista as tropas da Polícia Militar que, em oito ônibus, deixam Belo Horizonte com destino a Juiz de Fora e várias outras cidades do interior do Estado. É aclamado pela multidão que se reúne em frente à sede do Executivo mineiro.
15 h 15 m. Quando regressava ao Palácio, as rádios comunicam a adesão do I Exército. Aos gritos deTerminou a revolução! e Vitória! a multidão carrega em delírio o Governador Magalhães Pinto. Nas ruas centrais da cidade, a população lança papéis picados do alto dos edifícios. É a comemoração da vitória. Milhares de pessoas subiam a Avenida João Pinheiro com destino ao Palácio da Liberdade cantandoMinas Gerais e o Hino Nacional. O Governador Magalhães Pinto, entretanto, preocupava ainda com as notícias de que havia resistência no Rio Grande do Sul, embora estivesse certo de que a sua luta pela democracia tinha sido coroada de êxito e, pràticamente, chegara ao fim.
20 horas. Através de uma cadeia de rádio e televisão, o Governador Magalhães Pinto, no Palácio da Liberdade, faz sua primeira proclamação como chefe da revolução de 72 horas que abalou o Brasil.

Entrincheirado na Guanabara, David Nasser escreve seu primeiro artigo após a saída do presidente João Goulart.

 Leia, repasse e guarde o anexo é um Doc Histórico....

A Verdade que tentam esconder...


Tudo sôbre a VITÓRIA
DA CONTRA REVOLUÇÃO DE 1964.

Leia e repasse, principalmente,
aos jovens para que conheçam a verdade dos fatos.
Para que possam entender que as Forças Armadas foram obrigadas a intervir como último e único recurso a impedir a implantação 
no Brasil de uma Ditadura Comunista,
como a Cubana  e tantas outras.

Hoje negam como negam a existência de corrupção.
Suas armas ser SURDO, MUDO E CEGO.
Quem abrir a boca é justiçado como aconteceu ao Prefeito Daniel, e a tantos outros... 

Saber ganhar
AGORA, êles sabem que a sua espada não é de pau, meu velho Capitão, e eu volto o pensamento até aquêle quarto da casa paulista, onde as suas mãos trêmulas escreviam a história dêste país, dizendo-me: Péter plus haut que son cul.
AGORA, êles sabem que a sua doença democrática só tinha êste remédio. Deputado João Calmon, quando você, na sua admirável teimosia, recusava todo e qualquer acôrdo e desfraldava a bandeira suicida. Se teríamos que morrer vergonhosamente amanhã, que morrêssemos com honra, hoje.
AGORA, êles sabem que as suas palavras não eram simples filigranas verbais, Governador Carlos Lacerda, homem afirmativo, líder másculo, democrata autêntico, brasileiro enlouquecido de amor à sua Pátria - e que se desesperava ao vê-la conduzida ao curral das nações arrebanhadas. Meses a fio, exposto na primeira linha, combatente de vanguarda, sabendo que a cada esquina um nôvo perigo o esperava, você, meu bravo companheiro, só teve um guarda-costas: Deus. O capanga divino, que com a sua infinita sabedoria enguiçava o carro do Faz-Tudo, iluminava o espírito dos coronéis, cobria de lucidez a decisão dos pára-quedistas, evitara a sua eliminação, o caminho aberto, supunham êles, para a fácil conquista de um resto de Pátria. Mas êles estavam enganados, sempre estiveram enganados, continuam enganados. Nenhum de nós era essencial, qualquer de nós, bem ou mal, seria substituído, mesmo você, grande e insubstituível Carlos Lacerda. Não se matam idéias.
AGORA, êles sabem que a sua intransigência democrática, jovem Adhemar de Barros, môço governador de uma terra indomável, agora êles sabem que a fé o rejuvenesceu, o espírito de luta o retemperou, e você, môço Adhemar, sejam quais forem os erros do passado, a todos redimiu na bravura de sua última jornada. Mil vêzes você, com todos os pecados, Adhemar, diabo velho! Mil vêzes você que aquêle falso honrado, Jânio Quadros, até agora escondido debaixo da cama, à espera de que a última cidadela se renda, que o último homem se defina. Ah, tivéssemos nós ensarilhado as armas, tivéssemos nós tido piedade dos canalhas, tivéssemos nós permitido com o nosso silêncio que êles voltassem - e quem se encontraria, agora, no govêrno de São Paulo? A cachaça cívica, o fauno de Adelaide, o entreguista Jânio Quadros, responsável primeiro pela guinada do Brasil para o Oriente, aliado dos comunistas, traidor de sua Pátria. Graças a Deus, à Providência de que nos fala Adhemar, como o instrumento divino, foi buscar no museu dos canastrões, o canastrão maior - você, velho, passado, cansado, desonrado, reabilitado, contestado, enquartejado, encarcerado, processado, libertado, envergonhado, ressuscitado, reabilitado - e agora numa demais exaltado Adhemar de Barros. A História, se alguma verdade houve no balanço dos seus erros, a História o passou por seu banheiro carrapaticida. E o futuro o julgará pela importância de sua luta na redemocratização de sua Pátria.
AGORA, êles sabem que a sua coragem não se conta pelos fios de cabelo, ó indecifrável Magalhães Pinto, mineiro silencioso, patriota humilde, general sem farda de um dos movimentos mais perfeitos da história revolucionária. O Brasil nunca se esquecerá que o primeiro grito foi seu, o primeiro gesto de um ballet inesquecível, o primeiro passo da longa marcha democrática.
AGORA êles sabem que os três anos de silêncio do General Mourão não significavam três anos de capitulação, mas três anos de conspiração, três anos de prudência, três anos de silêncio - para o grande despertar da nacionalidade. Alguns generais que pareciam anestesiados - hoje o sabemos - estavam apenas de vigília. Luiz Guedes, Castello Branco, Costa e Silva, Décio Escobar, Correia de Melo, tantos generais, tantos brigadeiros, tantos almirantes jurados na intransigente defesa da democracia brasileira.
AGORA, êles sabem que aquelas medalhas exibidas pelo General Amaury Kruel não eram de lata nem foram conquistadas noutro campo que não fosse o de honra. Êles sabem, meu bravo Kruel, que, acima de sua fidelidade a um homem, você colocava a lealdade à sua Pátria ameaçada por um bando de canibais políticos.
SABÍAMOS, todos que estávamos na lista negra dos apátridas - que se êles consumassem os seus planos, seríamos mortos. Sôbre os democratas brasileiros não pairava a mais leve esperança, se vencidos. Uma razzia de sangue, vermelha como êles, atravessaria o Brasil de ponta a ponta, liquidando os últimos soldados da democracia, os últimos paisanos da liberdade. Onde estaria Carlos Lacerda a esta hora? Onde estariam Adhemar, Calmon, Armando Falcão, Castello Branco, Mourão, Gustavo Borges, Anísio Rocha, Alkimin, Magalhães Pinto, Ney Braga, Costa e Silva, Décio Escobar, tantas, tantas vozes e tantas espadas que não se calaram, não se embainharam em todos êsses longos meses da comunização do Brasil? Se outros fôssem os vencedores, não haveria contemplação.
A VIRTUDE da democracia está em saber ganhar. Em seu nome, em nome da Democracia, não se pode permitir que a injustiça se pratique em nome da Justiça, que sejam anulados, sem processo legal, os mandatos populares, que a Constituição seja rasgada em nome da Constituição.
TODOS sabem o desprêzo vegetariano que voto a certos homens fistulizados que compunham o cerne dêsse Govêrno que caiu. Mas - advertiu na sua cristalinidade política o próprio Governador da Guanabara - um democrata autêntico não odeia um homem, odeia uma idéia. Odeia, não a figura ridícula de um Ministro comendo feijoada e bebericando enquanto a lama corria sob os pés de um regime vilipendiado. Odeia, não os gestos febris de um adolescente político saído de uma taba espiritual para a Casa Civil da Presidência. Odeia, não aquelas figuras tenebrosas do CGT, aquêles pobres moços ensandecidos da UNE, aquêles sargentos equivocados, mas tudo o que a idéia que êles defendiam, honesta ou estùpidamente, representava.
NÃO é porque eram criminosos, que em criminosos vamos nos transformar. Não é porque representavam o totalitarismo, a radicalização, o que de mais vergonhoso, mais sórdido, mais brutal e mais brasileiro pudesse existir no Brasil que devemos nós, os democratas, pedir-lhes as armas e as usar com a mesma ausência de liberalidade democrática. O que nos diferencia dêles é justamente isto. O mesmo que diferencia a carniça que êles são do abutre que não somos.
NÃO significa que os criminosos não devam ser punidos nem os responsáveis irresponsabilizados. Significa que cada um pague pelo que fêz, não pelo que foi. Ninguém tem culpa de ter sido Ministro de um Govêrno legalmente eleito, constitucionalmente organizado. Ninguém tem culpa de ter sido Ministro de João Goulart, nem mesmo o Senhor Abelardo Jurema.
O QUE me enoja não é ver os ratos fugirem do navio que se afunda, mas aquêles que ontem lhes comiam a comida, ajudar a matá-los.
PARTE o Senhor João Goulart para Pôrto Alegre, para o Uruguai, para a Espanha, sem o meu ódio. Nunca consegui odiá-lo — e até hoje —- permita-se a um adversário de suas idéias e de seus métodos confessar após o crepúsculo de um deus que tinha os pés de barro — não o consigo odiar. Vejo-o ainda, no seu pequeno trono do Alvorada, como um pobre homem, incapaz de governar, de distinguir amigos de aproveitadores, inimigos de oponentes.
CAIU porque em seu espírito engarrafado pela mediocridade mais positiva dêste País, nunca deixou de existir o estancieiro que contava os aliados como quem conta o gado no curral.
CAIU porque acreditou que aquêles que lhe faziam planos de continuísmo, acenando com o poder sindical, com o dispositivo militar, acreditavam no que diziam. E lutariam por tudo aquilo que o Senhor João Goulart acreditava. Mas o Senhor João Goulart não acreditava realmente em nada. A não ser na sua boa estrêla, que era a estrêla vermelha.
RECUSO-ME a pisar sôbre os cadáveres morais dêsses homens sôbre os quais, com o risco da própria vida, dentro das limitações que me eram impostas por uma organização que êles ameaçavam destroçar, tantas vêzes caminhei pela estrada que nos conduzia ao imprevisto de um fim melancólico ou de uma liberdade sonhada.
NÃO será em nome dessa liberdade conquistada que iremos tripudiar sôbre os vencidos. Aquêles que eram comunistas, continuarão a sê-lo, talvez com menos esperança. Aquêles que eram os pobres enganados dessa República — talvez abram os olhos, os vencedores não procederem com a mesma fúria, o mesmo despotismo, a mesma insensibilidade daqueles que nem por isto deixaram de ser brasileiros e possivelmente democratas equivocados. A compreensão e a justiça talvez os ajudem a abrir os olhos.
WILSON FIGUEIREDO conta que, em plena ocupação do velho órgão da Condêssa, um fuzileiro pediu para telefonar para a mulher a quem não via há três dias de longa e sofrida prontidão. Não apenas deixaram o invasor telefonar, mas serviram um cafezinho bem brasileiro. Nesse momento, também, o Brasil estava voltando a ser brasileiro.
POIS é esse cafezinho brasileiro que devemos servir aos que erraram por acreditar demais ou erraram por acreditar de menos. Respeitemos as suas famílias, as suas idéias falsas, e apuremos apenas os seus possíveis crimes. A menos que voltem a ser inimigos, a se constituírem em vírus vivos —- os inimigos vencidos deixam de ter nomes.