segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Morte encomendada de Getúlio Vargas


 
Getúlio Vargas 

31 de Janeiro de 1951 a 24 de Agosto de 1954

Nas eleições de 1950, Getúlio Vargas foi eleito por esmagadora maioria. Getúlio é reeleito para presidente pelo PTB, mesmo sem o apoio de Dutra, que sustenta a candidatura de Cristiano Machado, do PSD. A UDN lança novamente como candidato o brigadeiro Eduardo Gomes. Getúlio Vargas consegue também o apoio de Adhemar de Barros, então influente político de São Paulo, e de seu Partido Social Progressista – PSP.
Getúlio Vargas toma posse e preside o Brasil até 1954.

Encontrou, porém, grandes dificuldades para governar, porque o Congresso estava dominado por dois partidos conservadores, ao mesmo tempo que se sucediam diversas crises políticas.
Repisando a política adoptada durante o período ditatorial do Estado Novo, reforça o carácter nacionalista e populista do seu governo. Privilegia medidas que considera necessárias para a industrialização do Brasil. Quando a campanha nacionalista “O Petróleo é Nosso” agitava a opinião pública, envia ao Congresso Nacional o projecto para a criação de uma empresa petrolífera, a Petrobras. Vargas flexibiliza a legislação sindical para atender a uma das suas principais bases de apoio, ao seja, os trabalhadores urbanos. Isso permite a volta dos comunistas às direcções sindicais, como de outros sindicalistas afastados no governo de Dutra. O Exército vive uma situação de divisão.   
  • De um lado estão os militares mais nacionalistas, que apostam na industrialização do País, como motor do crescimento económico:
  • Do outro lado, há uma corrente mais alinhada aos Estados Unidos, que prega o controlo da inflação e a tracção do capital estrangeiro como alicerce da economia.
O governo dá continuidade à industrialização do Brasil, ao inaugurar em 1952, o Banco Nacional de Desenvolvimento Económico BNDE, e estatizar a energia eléctrica, decidido a lutar pelo que chama de interesses nacional. 

  • Um novo decreto impõe limite de 10% para remessa de lucros ao exterior.
  • Nesse mesmo ano é criada a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, que coordena a acção da Igreja Católica no Brasil.



Em 1953, é instituída a Petrobras e fica estabelecido o monopólio estatal na produção de petróleo. 

  • Esta política provoca a reacção dos conservadores liderados pela União Democrática Nacional UDN.
  • Também nesse mesmo ano, uma greve geral para reajuste salarial chega a atingir 300 mil trabalhadores em São Paulo e durou 24 dias, terminando com acordos separados para várias categorias. 
  • Outra greve, paralisa 100 mil marítimos no Rio de Janeiro. No processo, perdem prestígio os dirigentes sindicais mais ligados ao PTB e a Getúlio Vargas, que escolhe João Goulart para ministro do Trabalho; Tancredo Neves, para a Justiça; e Osvaldo Aranha, para a Fazenda.



No Rio de Janeiro, Gregório Fortunato, chefe da guarda presidencial e servidor de Getúlio Vargas por mais de 30 anos, contrata um pistoleiro para matar o jornalista Carlos Frederico Wernech de Lacerda, agressivo opositor udenista. No atentado, porém, morre o major da Aeronáutica  Rubens Vaz, e Carlos Lacerda fica ligeiramente ferido.
Depois deste episódio, o governo de Getúlio perde muito da sua base política.
Em 1954, a oposição exigia a sua renúncia. 
  • Generais divulgam manifesto à nação e exigem a renúncia do presidente.


Na manhã de 24 de Agosto, Getúlio Vargas suicida-se(?), na Palácio do Catete, no Rio de Janeiro. Sua morte é seguida de grandes manifestações populares que, de certa maneira, garantem o espaço para uma transição do poder dentro da legalidade.
A Eleição de 1950

http://pt.wikipedia.org/wiki/Get%C3%BAlio_Vargas
Getúlio foi eleito em 3 de Outubro de 1950, derrotando a UDN que tinha como candidato novamente Eduardo Gomes, e o Partido Social Democrático, que abandonou seu candidato Cristiano Machado e apoiou Getúlio. (Desse episódio é que surgiu a expressão "cristianizar um candidato").
Fundamental para sua eleição foi o apoio do Governador de São Paulo Adhemar Pereira de Barros, que tinha sido nomeado por Getúlio como interventor em São Paulo, durante o Estado Novo, entre 1937 e 1941. Adhemar transferiu a Getúlio Vargas um milhão de votos paulistas. Esperava que, em troca desse apoio em 1950, Getúlio o apoiasse, nas eleições de 1955, para a presidência da república.
Outra ajuda valiosa para a vitória eleitoral de Getúlio, que tinha toda a imprensa contra ele, veio de Hugo Borghi, que distribuiu milhares de panfletos acusando o candidato Eduardo Gomes de ter dito: "- Não preciso dos votos dos marmiteiros".
 
Uma administração polémica: 
  • Getúlio teve um governo tumultuado, devido a medidas tomadas e a acusações de corrupção.
  • Um polémico reajuste do salário mínimo em 100%, ocasionou o "Manifesto dos Coronéis" (um protesto público, em Fevereiro de 1954, dos militares contra seu governo - um dos coronéis se chamava Golbery do Couto e Silva), seguido da demissão do ministro do trabalho João Goulart.
Foram também polémicas: 


1- A lei sobre restrição da remessa de lucros das empresas estrangeiras para o exterior, 
2- A lei sobre crimes contra a economia popular e 
3- A lei sobre o monopólio estatal da exploração e produção de petróleo.
  • Neste período, foram criadas a Petrobrás, o BNDES, o IBC (Instituto Brasileiro do Café), o seguro agrário, o Banco do Nordeste, a CACEX (carteira de comércio exterior) do Banco do Brasil.
  • Foi feito um acordo de cooperação militar com os Estados Unidos que vigorou até 1977.
  • Tentou, mas não conseguiu, criar a Eletrobrás, que só seria criada em 1961.


Houve uma série de acusações de corrupção a membros do governo e pessoas próximas a Getúlio, o que levou-o a dizer que estava sentado em "um mar de lama".
O caso mais grave de corrupção, que jogou grande parte da opinião pública contra Getúlio, foi a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do jornal "Última Hora", de propriedade de Samuel Wainer, acusado por Carlos Lacerda e outros de receber dinheiro do Banco do Brasil para apoiar Getúlio.
 
O crime da rua Tonelero e o fim: 

Na madrugada de 5 de Agosto de 1954, um atentado a tiros de revólver, na frente do edifício onde residia Carlos Lacerda em Copacabana, no Rio de Janeiro, mata o Major Rubens Florentino Vaz, da Força Aérea Brasileira (FAB) e fere, no pé, Carlos Lacerda, jornalista e ex-deputado federal da UDN que fazia forte oposição a Getúlio.
O atentado foi atribuído a Alcino João Nascimento e seu auxiliar Climério Euribes de Almeida, membros da guarda pessoal de Getúlio, chamada pelo povo de "Guarda Negra". Ao tomar conhecimento do atentado contra Carlos Lacerda na Rua Tonelero, Getúlio disse: "Esse tiro me pegou pelas costas".
A crise política que se instalou foi muito grave porque, além da importância de Carlos Lacerda, a FAB tinha como seu grande herói o Brigadeiro Eduardo Gomes, da UDN, que Getúlio derrotara nas eleições de 1950. A FAB criou uma investigação paralela do crime que foi apelidada de "República do Galeão".
Existem várias versões para o crime da rua Tonelero nº 180. Gregório Fortunato, chefe da guarda pessoal do presidente Getúlio Vargas, chamado pelo povo simplesmente de Gregório, foi acusado de ser o mandante do atentado. Há quem diga que o pistoleiro Alcino João do Nascimento aos 82 anos (em 2004), garantiu que o primeiro tiro que atingiu o major partiu do revólver de Carlos Lacerda. Existe também um depoimento de um morador da Rua Tonelero que garante que Carlos Lacerda não foi ferido a bala. (Não encontraram no hospital a ficha de internação de Lacerda)
O fato é que Gregório confessou ser o mandante do atentado contra o jornalista e político Carlos Lacerda, ferrenho opositor de Getúlio Vargas e, em 1956, os acusados do crime da rua Tonelero foram levados a um primeiro julgamento: Gregório Fortunato foi condenado a 25 anos de prisão como mandante do crime, pena reduzida a 20 anos por Juscelino Kubitschek e a 15 por João Goulart. Gregório foi assassinado em 1962, no Rio de Janeiro, dentro da penitenciária Lemos de Brito, pelo também detendo Feliciano Emiliano Damas.
Essa crise levou Getúlio Vargas ao suicídio (?) na madrugada de 23 para 24 de agosto de 1954.
A data não poderia ser mais emblemática. Getúlio, que se sentia massacrado pela oposição, pela "República do Galeão" e pela imprensa, escolheu a noite de São Bartolomeu para sua morte.
Assumiu a presidência da república o vice-presidente Café Filho, da oposição a Getúlio, que nomeou uma nova equipe de ministros e deu nova orientação ao governo.
Getúlio deixou uma carta-testamento que foi lida, na sua versão dactilografada, de maneira emocionada, por João Goulart no enterro de Getúlio em São Borja.
Esta carta-testamento até hoje é alvo de discussões sobre sua autenticidade. Chama muito a atenção, na versão dactilografada da carta-testamento, a frase em espanhol "Se queda desamparado" .
Assim, tanto na vida quanto na morte, Getúlio foi motivo de polémica.
No cinquentenário de sua morte, em 2004, os restos mortais de Getúlio foram trasladados para um monumento no centro de sua cidade natal.

Petrobras

O Estado brasileiro possui a maior parte dessas acções (55,7% das ordinárias, com direito a voto, e 32,2% do total), o que lhe dá controle da gestão da companhia. Tem sido assim desde a sua fundação, em 1953, através de uma lei assinada pelo então presidente da República, Getúlio Vargas. Da mesma forma, desde a sua criação a Petrobras é um símbolo da luta do povo brasileiro em busca de soberania e desenvolvimento. Acompanha a empresa também desde os primeiros dias a ideia de garantir, com produção própria, todo o consumo brasileiro de petróleo – ou seja, a possibilidade de se conquistar a auto-suficiência. Nos primeiros anos de funcionamento da companhia, no entanto, poucas vezes a auto-suficiência tornou-se objectivo formal. Eram tempos em que limitações tecnológicas, altos custos nas atividades de exploração e produção de petróleo, além de restrições da natureza, impunham mais desafios que sonhos.
Juracy Magalhães, o primeiro presidente, elegeu como lema “trabalhar e aprender ao mesmo tempo”
No ano de sua criação, a Petrobras produziu apenas 2.700 barris de petróleo por dia. Refinava, então, cerca de dez mil barris – muito pouco ante um consumo diário de 150 mil barris de derivados – a diferença entre demanda e produção era importada a preços elevados. Graças aos trabalhos exploratórios do Conselho Nacional do Petróleo (CNP), estimava-se que as reservas brasileiras somavam 15 milhões de barris. De resto, havia a missão de construir a indústria do petróleo no Brasil, a despeito de carências de toda espécie. Diante da falta de pessoal especializado, da desestruturação das actividades e da falta de recursos, o lema adoptado foi “trabalhar e aprender ao mesmo tempo”. Juracy Magalhães, primeiro presidente da Petrobras, fez, então, uma opção ousada: contratou técnicos estrangeiros, entre os quais o geólogo americano Walter Link, antigo empregado da Standard Oil, para chefiar o novo Departamento de Exploração. Parecia um recuo, depois de anos de luta nacionalista pelo monopólio do petróleo, e por isso as críticas não tardaram a surgir. O tempo mostrou que Magalhães estava certo. Link estruturou as actividades de exploração e iniciou a formação do corpo técnico brasileiro, enviando profissionais para estudar no Exterior. Priorizou os trabalhos no Recôncavo Baiano, que já se mostrava promissor antes mesmo da criação da Petrobras, mas também fez as pesquisas avançarem em outras regiões. Primeiro, na direcção de Sergipe e Alagoas, mais próximas ao Recôncavo. Depois, em áreas distantes, como as bacias de Maranhão-Piauí, Paraná, Espírito Santo, Amazônica, além da bacia costeira Sergipe-Alagoas. 
http://www.sokarinhos.com.br

OS ESTADOS UNIDOS TRAMOU COM AJUDA DOS IMPATRIOTAS BRASILEIROS, PARTINDO DO ASSASSINATO DO GETÚLIO VARGAS (O presidente 100% brasileiro) A DESNACIONALIZAÇÃO DO BRASIL COMO NAÇÃO SOBERANA.

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